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31/03/2020

FEFD-UFG lança material com sugestões para brincar e aprender em período de quarentena



Por Michely Coutinho.


O material foi coordenado pela Profa. Dra. Luana Zanotto em colaboração com professores da FEFD



Entrada na Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD)
SUGESTÕES PARA BRINCAR, JOGAR E APRENDER EM PERÍODO DE QUARENTENA


Dentre as orientações das autoridades de Saúde Pública frente ao novo Coronavírus, a não ocupação de espaços coletivos compõe uma das novas condutas a ser seguida pela população em período de contenção da COVID-19. Nessas circunstâncias, não se excluem as crianças, as quais, por vezes, apresentam ainda mais dificuldades em ficar em casa, isoladas, distantes das possibilidades de brincar e se movimentar em grupos como costumeiramente fazem nas escolas, ruas, parques, clubes, etc.


Neste cenário, a Professora Dra. Luana Zanotto em colaboração com os Professores da Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás, organizaram este material com sugestões de jogos e brincadeiras para o período de quarentena, buscando fomentar o repertório lúdico dos pais e demais adultos para que possam, junto com as crianças, tornar este período de isolamento também oportuno para o divertimento e aprendizado.



Representando um compilado de atividades com fins recreativos e educativos oriundos das experiências de vida e profissão dos seus organizadores, o conteúdo busca oferecer a oportunidade para conhecer ou relembrar as variações de brincadeiras individuais e com poucas pessoas, a partir do próprio corpo ou com brinquedos construídos. Assim, reúne sugestões e medidas de incentivo para que salas, quartos, quintais, varandas e demais espaços intensamente ocupados em tempos de pandemia sejam vividos ludicamente.


As indicações contemplam brincadeiras de faz de conta, tais como, brincar de pirata, comidinha, consertar, fazer compras, escolinha, super-heróis, médico (envolvendo, inclusive, os cuidados de saúde em evidência neste período), até os jogos com as dinâmicas de pegador-fugitivo, adivinhação, mímica, tabuleiro e mesa (dama, dominó, xadrez, jogo da memória, de cartas, etc.) e demais possibilidades com regras e combinados estabelecidos pelos próprios brincantes.
Este repertório configura apenas uma parte das inúmeras e infindáveis oportunidades para brincar e jogar e, devem, sobretudo, ser adaptado de acordo com as idades e condições espaciais/materiais. A partir do resgate de jogos e brincadeiras tradicionais e, até mesmo, da criação de novas manifestações, esperamos contribuir para o fortalecimento das relações lúdicas e familiares entre adulto-criança, criança-criança e adulto-adulto, em termos e tempos de pandemia. Aproveitem!

Faculdade de Educação Física e Dança - FEFD
Universidade Federal de Goiás - UFG
Profa. Dra. Luana Zanotto
Contato: luanazanotto@ufg.br
Site: www.fefd.ufg.br

Para acessar o material em pdf CLIQUE AQUI
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30/03/2020

O coronavírus na Itália: notícias do futuro



Liziane Soares Guazina

Trago notícias do futuro. E elas não são boas. A Itália vive uma guerra, onde a cada dia é preciso vencer uma batalha contra um inimigo invisível. Mas também contra o cansaço, a angústia e a incerteza quanto ao futuro do país. A Proteção Civil italiana registrou, somente na última sexta-feira, dia 27 de março, quase mil mortos por causa do coronavírus: 969 pessoas faleceram naquelas últimas 24h, em decorrência da Covid-19. Desses, 541 faleceram na região da Lombardia.



Mais de 10 mil pessoas já morreram desde o primeiro registro oficial de casos na cidade de Codogno, em 21 de fevereiro (10.023 mortos até agora). De acordo com o Instituto Superiore di Sanità, dois por cento dos mortos não apresentavam outras patologias. Cerca de 70 pessoas falecidas eram padres das paróquias das cidades italianas atingidas, segundo as últimas informações dos jornais. Dos mais de 92 mil casos positivos registrados (92.472 registrados pela Proteção Civil no sábado, 28 de março), ao redor de 6 mil são de profissionais de saúde, como médicos, dentistas, enfermeiros. Cinquenta e um médicos faleceram durante este um mês de epidemia.


O prefeito de Milão, Beppe Sala, internacionalmente conhecido por ter pedido desculpas na televisão por haver compartilhado um vídeo nas mídias sociais que conclamava os milaneses a não pararem a cidade em fevereiro, no início da epidemia, reconheceu em entrevista ao jornal Corriere della Sera, no sábado passado, que o recomeço após o pico da emergência será longo e gradual, e não exclui eventuais paradas. Para ele, será preciso repensar o modo como nos movemos, do sistema de transportes aos espaços de aglomerações, como estádios e cinemas.



E não é somente no Norte do país, a região mais rica da Itália, que a situação é preocupante. As regiões do Sul começam a registrar aumento de casos. Nos telejornais, imagens de pessoas desesperadas que tentam sacar dinheiro em caixas eletrônicos e são impedidas pelas forças de segurança, pois não podem circular nas ruas. “Non abbiamo più soldi! (Não temos mais dinheiro!)”, grita uma moça aos policiais.


Na última sexta, o presidente da República, Sergio Mattarela, falou à nação italiana: é um período dramático, será preciso reconstruir o país. Ele pediu união e criticou a Europa: “Que intervenha antes que seja muito tarde. Vivemos uma página triste da história”. E completou: “Ninguém será deixado para trás.” Uma hora antes desse pronunciamento, um outro homem caminhou solitário em meio à chuva pela praça São Pedro, no Vaticano. “Estamos no mesmo barco, ninguém se salva sozinho”, disse o papa, durante a pregação. No majestoso e vazio cenário da praça, reluzia o crucifixo que, em 1512, também foi alvo das preces contra outra peste que assolava o mundo, a chamada ‘Peste Negra’. Enquanto Francisco abençoava crentes e não crentes, sinos e sirenes de ambulância cruzavam Roma e as telas do mundo, lembrando aos vivos que ficassem em casa.


Nos próximos dias, a Itália provavelmente não sairá do lockdown, como era esperado. E já se discute publicamente a reabertura das escolas e universidades para setembro. A Europa parece estar à beira do abismo. Os Estados Unidos enfrentam o crescimento do contágio. O Brasil pode se tornar a Itália daqui a algumas semanas, em proporções ainda maiores. Se o Brasil não quiser repetir o que está acontecendo aqui, deve aprender com a experiência de quem está à frente no combate à epidemia. Devemos olhar o que funcionou e o que não funcionou em países como a Itália. Os italianos pagam, hoje, um preço muito alto por não terem se dado conta dos impactos causados pelo coronavírus logo no início da epidemia. Os cientistas italianos apontam que o distanciamento social é o único caminho comprovado para se evitar uma tragédia.



Ouçamos nossos cientistas. Apoiemos todas as medidas de fortalecimento das campanhas de saúde pública do SUS. Sigamos os bons exemplos para o enfrentamento ao coronavírus que têm sido dados pelas universidades públicas brasileiras, incluindo a Universidade de Brasília: produção de álcool em gel, fornecimento de equipamentos de alta tecnologia, produção de máscaras e esforço concentrado na busca de soluções às muitas necessidades urgentes decorrentes de uma pandemia.


É o momento de escolher a vida e ficar em casa. Só assim haverá futuro para todos. Até líderes internacionais, como Boris Johnson e Donald Trump, já reconheceram isso. Em uma guerra, qualquer líder que não defenda sua população e a entregue ao inimigo por causa de seus próprios interesses, só pode ser chamado por um nome. E poderá ter o fim que não deseja.



Liziane Soares Guazina é doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília (2011), professora de graduação e pós-graduação da Faculdade de Comunicação da UnB. É ainda cogestora de acordos internacionais com a Universidade de Quebec au Montreal (UQAM), Universidade do Minho e California State University Fullerton. Tem experiência em pesquisa nas áreas de mídia e política, jornalismo político, telejornalismo político e Comunicação Pública. Também atuou profissionalmente em Assessoria de Comunicação, Assessoria de Imprensa, Análise de Mídia, e Planejamento e Coordenação de Projetos Integrados de Comunicação. Escritora de contos e crônicas.


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Publicado originalmente no Correio Braziliense em 30/3/2020




Labtime dá início aos cursos de extensão gratuitos Avamec


Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais da UFG está ofertando cursos a distância


O Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (LabTime) da Universidade Federal de Goiás (UFG) está oferecendo 50 mil vagas para os cursos de extensão em português, matemática e tecnologia da informação e comunicação (TIC), em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC).

As inscrições começam nesta segunda-feira (30/3), pelo site da plataforma Avamec (avamec.mec.gov.br), também desenvolvida pelo LabTime, e podem ser feitos a distância, em ambiente virtual. Os cursos de extensão terão duração de 60 horas e são abertos ao público em geral.

Seguem links com mais informações dos cursos:


Banco de sangue do HC precisa de doações com urgência

Visando evitar aglomerações as doações devem ser feitas com horário agendado


O Banco de Sangue do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, (HC-UFG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), necessita com urgência de doações de sangue qualquer tipo.


Visando evitar aglomerações, garantindo assim a segurança dos doadores, os interessados em fazer doação deverão fazer o agendamento, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h, e das 13 às 16h, e aos sábados, das 7h às 11h, por meio do telefone (62)3269-8326.

Na ocasião do agendamento, serão oferecidas todas as informações necessárias para o procedimento.


28/03/2020

Projeto da Poli permite construir ventiladores pulmonares 15 vezes mais baratos em tempo recorde



Projeto da Poli; ventiladores pulmonares;
Foto: Stephane Mahe/ Reuters


Expectativa é começar a produzir em três semanas e ter alguns milhares produzidos em cinco semanas para unidades hospitalares; custo estimado é de mil reais, em comparação à média de 15 mil para um ventilador no mercado hoje


Texto: Antonio Carlos Quinto


Pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP estão desenvolvendo o projeto de um ventilador pulmonar mecânico que poderá ser produzido por fabricantes autorizados, rapidamente e com menor custo, para atender às emergências em pacientes atingidos pela covid-19. A iniciativa atende a um pedido da diretoria da Poli e reúne docentes, pesquisadores, alunos e representantes da iniciativa privada. Enquanto um respirador convencional no mercado tem um preço mínimo de cerca de R$ 15 mil, o projeto da Poli permitirá produzir o equipamento a um valor em torno de R$ 1 mil. “Por suas características, o projeto irá viabilizar a construção de alguns milhares de ventiladores a partir de três semanas e ter milhares produzidos em cinco semanas”, afirma o engenheiro Raul Gonzalez Lima, coordenador de um grupo de cerca de 40 pessoas que estão envolvidas na iniciativa, que teve início já na última sexta-feira, dia 20 de março.



Raul Gonzalez – Foto: Fabio Lage

“Nosso projeto oferece as funcionalidades consideradas necessárias ao tratamento da covid-19 aliadas à simplicidade e à velocidade de manufatura”, diz, ao explicar que as peças que constituem o equipamento, na sua maioria, podem ser adquiridas no mercado de fabricantes nacionais. Algumas se encontram em estoques e em distribuidores. “Este conjunto de medidas facilitará a montagem dos ventiladores”, informa o engenheiro. “Procuramos no mercado um fabricante do componente ou quem tenha ele em estoque. Por exemplo, o componente chamado motor de passo foi encontrado em estoque e em quantidade significativa.”




Segundo Gonzalez, o projeto tem licença open source, ou seja, é aberto para utilização pelos interessados em produzir o ventilador. Ele diz que a Poli será a responsável pelo projeto, mas não pela fabricação, que deve ser feita por empresas com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Anvisa inclusive já baixou uma portaria disciplinando quais empresas podem montar os ventiladores e exige que tenham certificação para manufatura de equipamentos médicos, odontológicos ou hospitalares. 




Equipamento emergencial


Para atender à urgência que a situação demanda, os pesquisadores da Poli desenharam um projeto que eles consideram simples, mas que mantém, segundo testes de subsistemas, muitas funcionalidades em relação aos respiradores convencionais, normalmente usados nas unidades hospitalares no tratamento de síndrome de angústia respiratória. Como exemplo, Gonzalez cita o controle de amplitude do pulmão, a frequência do ciclo respiratório, o controle do tempo de inspiração e expiração, e a mistura de ar com oxigênio. O trabalho da Poli prevê também o uso de softwares. “Inclusive podemos utilizar processadores que são fabricados aqui mesmo na Poli”, afirma.

Foto: Cedida pelo pesquisador


Segundo o engenheiro, o subsistema mecânico de inspiração e expiração já está sendo testado com sucesso. E como a agilidade é a marca dessa iniciativa, Gonzalez adianta que o projeto já está com seus parâmetros básicos todos concluídos. Entre os colaboradores, um grupo está responsável pela tecnologia e outro atua na busca de fornecedores, montadores e financiadores. “Estamos montando uma rede de auxílio que envolve até mesmo representantes da iniciativa privada”, relata. “Caso a necessidade de ventiladores seja maior do que o que os fabricantes dos equipamentos nacionais consigam manufaturar, estaremos prontos para produzir em poucas semanas. A expectativa é atender o pico da demanda provocado por esta pandemia”, avalia Gonzalez.



Mais informações com o professor Raul Gonzalez Lima: comunicacao.poli@usp.br

27/03/2020

UEG realiza curso de Produção Audiovisual voltado a professores





O Laboratório de Pesquisas Criativas e Inovação em Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (CriaLab|UEG) oferecerá gratuitamente, entre os dias 30 de março, próxima segunda-feira, e 3 de abril, o curso online: "#mídiasEDU: Produção Audiovisual para Vídeos Educacionais". O objetivo do curso, que será dividido em quatro aulas, é capacitar professores, dos vários níveis de atuação educacional, para preparar vídeos educacionais.

As atividades do curso serão transmitidas pelo canal da UEG TV no YouTube (www.youtube.com/uegtv) sempre às 19h. As aulas terão duração de 50 minutos.

“Essa tem sido uma demanda frequente, e, sobretudo em tempos como os de agora, de isolamento social, é importante que os docentes se atualizem para utilizar as novas tecnologias como aliadas no processo ensino-aprendizagem”, afirma o reitor da UEG, Valter Gomes.

Para o professor da UEG, Marcelo Costa, o curso pretende apresentar ferramentas básicas e acessíveis para que qualquer professor, não apenas os da UEG, em qualquer lugar do Estado de Goiás, possa produzir conteúdos audiovisuais adequados a sua realidade. Ele, que é doutor em Arte e Cultura Visual, com ênfase em Cinema e Educação e professor do curso de Cinema e Audiovisual da UEG, será o responsável por ministrar aulas.

De acordo com o docente, as ferramentas audiovisuais têm ganhado cada vez mais espaço na vida das pessoas. “O público jovem é o que mais consome esse conteúdo audiovisual e aprender a lidar com as ferramentas disponíveis no mercado e usá-las para a disseminação de conteúdo educacional pode ser de grande ajuda”, completa Marcelo.

O Cria Lab|UEG

O Laboratório de Pesquisas Criativas e Inovação em Audiovisual - Cria Lab|UEG, vinculado ao Grupo de Pesquisa Centro de Investigação e Realização Audiovisual, da Unidade Universitária Goiânia-Laranjeiras, tem atuado para tornar a UEG referência nacional em pesquisas no campo do Audiovisual, estabelecendo reflexões acerca de sua natureza híbrida e convergente, bem como compreender seus limites e potencialidades. 

Com caráter interdisciplinar o Cria Lab|UEG pretende estabelecer diálogos com programas de pós-graduação, instituições e órgãos internos e externos à UEG nas seguintes áreas: cinema e audiovisual, design, comunicação, artes, gestão cultural, economia criativa, educação, tecnologia da informação e engenharia da computação.

Para saber mais acesse www.cria.ueg.br

A equipe

Além do ministrante, a equipe que viabilizará a realização do curso é formada pelas professoras Ana Paula Ladeira, Júlia Mariano e Thais Oliveira, além dos servidores da UEG, Antônio Carlos Oliveira, Samuel Peregrino, Rafael Curado e Pollyanna Marques e do discente do curso de Cinema e Audiovisual da UEG, Hudson Candido.


(Núbia Rodrigues| Comunicação Setorial| UEG)

Artigo da UFG está no Top 100 da Scientific Reports em 2019


Paper que fala da análise clínica da cera de ouvido para detectar câncer destacou-se na comunidade científica internacional


O artigo Cerumenogram: a new frontier in cancer diagnosis in humans ficou entre os 100 que obtiveram o maior número de downloads do jornal Scientific Reports em 2019, que é dos mesmos editores da Revista Nature. O paper foi baixado 11.822 vezes por um público formado por cientistas. Quando se verifica o ranking Journal Top 100 é possível constatar que a pesquisa desenvolvida na UFG possui relevância para a comunidade científica internacional, já que, entre os 100 mais baixados, ocupa a 75a posição. 

Em um comunicado enviado pela publicação ao coordenador do Laboratório de Métodos de Extração e Separação (Lames), que é vinculado ao Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG), e um dos autores do artigo, Nelson Roberto Antoniosi Filho, é dito que ficar entre os 100 mais baixados "é uma conquista extraordinária", pois o Scientific Reports publicou quase 20 mil artigos no ano passado. Além dos pesquisadores do Lames, a equipe de otorrinolaringologistas do Hospital das Clínicas (HC/UFG), coordenado por Melissa Ameloti Gomes Avelino.

"Como o artigo foi publicado somente em 13 de agosto de 2019, o resultado é fruto de menos de seis meses de disponibilização para downloads, sendo um dos de maior repercussão na oncologia mundial no último ano", destaca Nelson Antoniosi.

Sobre a pesquisa

A pesquisa em questão concluiu que o exame clínico da cera de ouvido pode levar à detecção do câncer em diferentes estágios. O grupo de cientistas envolvido no estudo ressalta que a grande inovação do trabalho está no fato de descobrir que a cera de ouvido contém o histórico do metabolismo de seres humanos que pode dizer se o indivíduo está doente ou saudável.


26/03/2020

Instituto de Química produz desinfetante que substitui álcool gel

Ao todo, 34 litros do material serão disponibilizados a partir do dia 30/3 para o Hospital das Clínicas e a Vigilância Sanitária


Texto: Caroline Pires

O Instituto de Química (IQ/UFG) produziu ontem, 25/4, um total de 34 litros de um desinfetante para as mãos que será destinado para o Hospital das Clínicas da UFG e a Vigilância Sanitária do Estado de Goiás. O material será utilizado para desinfecção e antissepsia de ambientes hospitalares. A ação foi liderada pelos professores Andréa Chaves e Boniek Gontijo, do Laboratório de Cromatografia e Espectrometria de Massas (LaCEM/IQ/UFG). Os professores destacam a participação de toda a equipe do laboratório para a produção do desinfetante, que seguiu as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O professor Boniek Gontijo explica que a formulação é uma alternativa ao álcool em gel. "Este produto é mais fluido e devem ser tomados cuidados especiais no seu manuseio, já que é mais inflamável. Contudo, a sua eficácia é excelente", ressalta. Segundo ele, a opção é viável nesse momento, uma vez que, para o preparo do álcool em gel é necessário utilizar um espessante, o carbopol, que está em falta no Brasil, e que é responsável por uma textura mais agradável ao consumidor.

Por fim, o professor destaca que, sem a contribuição de várias pessoas, o resultado final não teria sido alcançado. "Quando propusemos a ideia, vários grupos prontificaram voluntariamente a ajudar. Recebemos doação de recursos financeiros para aquisição dos frascos, produção do rótulo, o LaCEM doou todo o seu estoque de isopropanol e etanol e o IQ doou a glicerina", concluiu.


Equipe do LaCEM comemora a contribuição para o enfrentamento da pandemia da Covid-19


Total de 34 litros serão doados para desinfecção e antissepsia


A pandemia e a sociedade do trabalho

Os momentos de crise sempre evidenciam as questões latentes nas sociedades, elevando ao absurdo nossos problemas e suas complexidades.


Renata Queiroz Dutra

Renata Queiroz Dutra é professora adjunta de Direito e Processo do Trabalho da Universidade de Brasília. É doutora e mestra em Direito, Estado e Constituição pela UnB. É líder do grupo de pesquisa "Transformações do Trabalho, Democracia e Proteção Social".



Em uma pandemia, não surpreende que uma dessas questões seja exatamente o trabalho: central em relação ao convívio humano e às construções sociais, é sobre o trabalho (e, consequentemente, sobre o não trabalho) que pesam questões relevantes: quem trabalha para conter a crise? Como trabalha? E qual será a sorte da classe-que-vive-do-trabalho quando não pode trabalhar? Como equacionamos as demandas produtivas diante das restrições ao trabalho vivo?


O drama que vivemos faz pensar os limites da medida de saúde pública consistente no isolamento e na quarentena se, para grande parte dos trabalhadores, a possibilidade de preservar a saúde é um luxo não “concedido” pelos seus empregadores.


Em um mercado de trabalho forjado a partir de raízes escravocratas e que delas não se desprendeu, fazendo com que a tutela pública da regulação do trabalho alcance, com eficácia desigual e estratificada em termos de gênero e raça, diferentes grupos de trabalhadores, as notícias sobre empregadas domésticas não contaminadas servindo empregadores comprovadamente contaminados pode até nos aviltar, mas não surpreende.


A ausência de previsão legal para um fenômeno tão excepcional (e a recém editada Lei nº 13.979/2020 fala menos do que seria necessário sobre as relações de trabalho sob o coronavírus) permite que diversas interpretações e leituras do ordenamento jurídico sejam colocadas na mesa para administrar a situação, sendo muitas delas arbitrárias e pouco razoáveis.


De quem é a responsabilidade pelo não trabalho em face da suspeita de contaminação do próprio trabalhador ou de outro trabalhador no ambiente de trabalho? De quem é a responsabilidade e o ônus da ausência de prestação de serviços se o trabalhador efetivamente testa positivo para o coronavírus? Quem arca com a perda financeira do não trabalho quando esse decorre não da contaminação do trabalhador ou de alguém no seu ambiente de trabalho, mas de um familiar idoso ou criança que não pode ser deixado sozinho na quarentena?


As perguntas colocadas para o Direito do Trabalho nesse momento estão sendo respondidas a partir dos conceitos, valores e matrizes ideológicas que permeiam a nossa ordem jurídica. Não haveria dúvida em responder, a partir da Constituição de 1988, do teor do art. 2º da CLT e do que dizem os instrumentos internacionais de direitos humanos trabalhistas, que é o empregador quem arca com os riscos da atividade econômica ou que ao menos os administra antes que o Poder Público construa caminhos coletivos para o a solução da crise.


Entretanto, tanto quanto esse olhar, recairão sobre o Direito do Trabalho, nesse singular momento, os olhares daqueles que só a partir de 2013 (com a Emenda Constitucional nº 72/2013) pensaram no trabalho doméstico em condições de igualdade com relação aos demais trabalhadores e que se acomodam, confortavelmente, na matriz escravocrata do trabalho reprodutivo desempenhado pelas mesmas mulheres negras que outrora o faziam na escravidão.


Também recairão sobre o Direito do Trabalho os olhares daqueles que entendem que o grande vilão da nossa condição de dependência econômica e do nosso subdesenvolvimento é o trabalhador, que apenas se favorece da generosa criação de empregos por parte do sofrido empresariado e não assume riscos, nem mesmo o de ser manter vivo numa pandemia; por quem entende que o trabalho feminino é mais caro que o masculino por força da gravidez e da licença-maternidade, ignorando todo o trabalho não pago exercido por mulheres em seus lares (na guerra, na convalescença, na normalidade e na crise) e o quanto isso as vulnerabiliza na economia do tempo, na rotatividade no trabalho e na progressão salarial[i].


O discurso neoliberal, que artificialmente quer ignorar as condições sociais impostas a cada grupo por suas trajetórias históricas e seus marcadores de classe, raça e gênero, atribuindo a quem vive do trabalho uma pesada responsabilidade de “bem-suceder” em uma sociedade desigual, vê sua própria racionalidade de calças curtas: não é possível sobreviver ao coronavírus individualmente; não é possível fazê-lo coletivamente sem compromisso forte do Estado; não é possível sacrificar os mais frágeis nem mesmo por cínica indiferença, porque a exposição dos vulneráveis é a exposição de toda a sociedade.


E, então, os liberais pedem aumento do orçamento público para saúde e com isso, reconhecem: o neoliberalismo é uma lógica que não pode assegurar a sua própria radicalização.


E o que nos resta, então, além de um reforço da atuação estatal em matéria de saúde pública? A viabilidade das medidas de prevenção à generalização do contágio se deita necessariamente numa tela pública de proteção social chamada emprego, justamente aquele tão combatido pelo discurso da reforma trabalhista, pelas “novas” tecnologias e plataformas de recrutamento do trabalho humano, pelo disseminado discurso do empreendedorismo.


É ele, o emprego, que permite que pessoas fiquem em casa, sendo remuneradas e fazendo uso da tecnologia para submeter-se à direção empresarial remotamente. É justamente ele que assegurará que os contaminados ou suspeitos de contaminação tenham faltas justificadas (com remuneração e repouso) para não replicar o contágio comunitariamente. É ele que vai assegurar eventual acesso ao sistema previdenciário, se os afastamentos pela doença se prolongarem para além de 15 dias.


E emprego protegido é exatamente o que falta ao Brasil. A taxa de informalidade atinge hoje 41% da população[ii], entre os quais se incluem trabalhadores por conta própria, que, essencialmente, seja por força de relações empregatícias fraudulentas/disfarçadas, seja pelo fato de ganharem a vida por conta própria, encontram-se desamparados de qualquer vínculo jurídico que garanta seus afastamentos por razões sociais ou de saúde, não acessando, na grande maioria dos casos, sistemas de proteção social básicos como o FGTS e o INSS.


Eu me refiro aos vendedores ambulantes, “flanelinhas”, trabalhadoras domésticas diaristas, manicures, trabalhadores “pejotizados”, também motoristas e entregadores de aplicativos, cujo rendimento diário depende do trabalho e cujas ausências ao serviço, justificadas ou injustificadas, representam imediato prejuízo financeiro. Vinte e cinco milhões de brasileiros encontram-se nessa condição[iii]. Alijados do Direito do Trabalho, o custo para que essas pessoas adiram a recomendações de saúde pública reputadas essenciais pelas autoridades é o seu próprio sustento e sobrevivência.


Estamos falando dos nossos “ganhadores”[iv]: pessoas, predominantemente negras, que persistiram, desde o pós-escravidão, engajadas no trabalho informal por meio da atividade de ganho, porque não foram absorvidas pelas formas juridicamente tuteladas de trabalho nem foram inseridas socialmente de forma satisfatória para que pudessem a elas se habilitar. Esse segmento estrutural do nosso mercado de trabalho tem sido estudado pela literatura recente, sobretudo pelos estudos raciais[v], não como figura acidental nos momentos de crise, mas como marcador central do nosso mercado de trabalho que, em momentos de crise e em função do discurso neoliberal, tende a crescer, “engolindo” fatias do mercado de trabalho formal.


Algumas campanhas nas redes sociais tem fomentado que aqueles que contratam habitualmente os serviços desses sujeitos, por solidariedade, realizem o pagamento e dispensem o trabalho (e por consequência), o deslocamento urbano dessas pessoas.


Também algumas plataformas de aplicativos digitais, voluntariamente, tem sugerido uma “assistência financeira”[vi] aos trabalhadores quem não reconhecem como empregados (!) durante os períodos de afastamento por acometimento do coronavírus, garantindo aos consumidores que esses serão forçadamente desligados da plataforma se contaminados…


As contradições da nossa sociedade desigual se evidenciam quando o que é um autocuidado fundamental e uma conduta comunitária imperativa em uma pandemia se revela para uns como direito, para outros como favor, para outros como risco à sua subsistência.


O tamanho da fragilidade da sociedade brasileira diante do coronavírus é o tamanho da sua crise do trabalho. A solidariedade sempre é bem vinda e apenas sua lógica insurgente poderá nos fazer atravessar esse cenário.


Entretanto, as vísceras expostas do nosso mercado de trabalho e do desfazimento de nossa estrutura de regulação pública trabalhista requerem que a radicalização dessa solidariedade nos conduza, para além de sobreviver a essa crise, a repensar e reivindicar novas políticas de promoção do trabalho digno e protegido face ao iminente colapso da economia brasileira.

________________________________________
[i] VIEIRA, Regina Stela Correia. O cuidado como trabalho: uma interpelação do direito do trabalho a partir da perspectiva de gênero (Tese de Doutorado). PPGD-USP. 2018.
[ii] https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/03/15/Informalidade-e-coronav%C3%ADrus-as-medidas-dos-apps-e-a-renda-em-xeque
[iii] https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/03/15/Informalidade-e-coronav%C3%ADrus-as-medidas-dos-apps-e-a-renda-em-xeque
[iv] REIS, João José. Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
[v] ROUSSENQ, Raíssa. Entre o silêncio e a negação: trabalho escravo contemporâneo sob a ótica da população negra. São Paulo: Ed. Letramento, 2019.
[vi] https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/03/15/Informalidade-e-coronav%C3%ADrus-as-medidas-dos-apps-e-a-renda-em-xeque


Artigo publicado originalmente em Jota.info


25/03/2020

Rede de comunicação formada por universidades e instituições de pesquisa científica se une em Goiás para fortalecer combate à pandemia de Coronavírus

#FICAEMCASAGOIAS

Objetivo inicial é conscientizar a população da necessidade de permanecer em suas casas. Ação envolve oito instituições goianas.



Os conteúdos da rede de comunicação adotarão #ficaemcasagoias


Face às determinações e orientações dos governos federal, estadual e municipais em relação à pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), em Goiás, universidades, públicas e privadas, institutos federais e instituições ligadas ao fomento da ciência, por meio de seus setores de comunicação, reuniram-se em rede para traçar ações conjuntas e promover esforços no sentido de ampliar as informações no Estado relacionadas à pandemia. A ação, em articulação com as gestões das instituições e o setor científico, tem por objetivo conscientizar a população, acadêmicos e imprensa, sobre as orientações por parte dos cientistas do Estado, bem como municiar a sociedade sobre iniciativas científicas sobre a questão.

Participam da iniciativa da rede, até o momento, Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Instituto Federal de Goiás (IFG), Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Universidade Federal de Jataí (UFJ), Universidade Federal de Catalão (UFCat) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

A primeira e mais importante mensagem direcionada não só à comunidade acadêmica, como a toda a sociedade é da importância de que todos fiquem em casa para diminuir a possibilidade de contágio entre pessoas. Unanimidade entre os cientistas de todas as instituições de ensino e pesquisa do Estado, bem como autoridades públicas, a recomendação é que as pessoas devem evitar circular pelas ruas.

Diversas medidas já foram tomadas, como a suspensão das aulas de toda a comunidade acadêmica no Estado, além de decretos por parte do Governo de Goiás, mas ainda é preciso que a população atenda a esse chamamento de permanecer em suas casas. Nas redes sociais, as instituições vão produzir conteúdo com a hashtag #ficaemcasagoias.


Outras medidas
A rede de comunicação formada entre as instituições também deve ajudar a promover as ações desenvolvidas pelos institutos federais e universidades, públicas e privadas, no Estado, no enfrentamento à pandemia. Os materiais serão disponibilizados nas páginas da internet de cada instituição e em releases enviados para a imprensa.


Informações para a imprensa:
UFG: saladeimprensa.secom@ufg.br
PUC: carlapucgoias@gmail.com
UEG: comunicacao@ueg.br; jornalismo@ueg.br
IF Goiano: ascom@ifgoiano.edu.br
UFJ: comunicacao.jatai@L
UFCAT: ascom.cac@gmail.com
Fapeg: comunicacao.fapeg@goias.gov.br



Pesquisadores trabalham na criação e manutenção de ventiladores mecânicos

Professor da EMC projeta respiradores com um custo cinco vezes mais baixo do que os de mercado para tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus


Texto: Augusto Araújo

Fotos: Divulgação 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) está desenvolvendo mais uma iniciativa para auxiliar no combate ao novo Coronavírus em Goiás. Trata-se da criação de novos respiradores mecânicos e a manutenção de equipamentos em desuso com o objetivo colaborar para equipar melhor as unidades de saúde do estado.

"O ventilador mecânico é um equipamento que sopra o oxigênio puro ou uma mistura de ar e oxigênio para dentro do pulmão do paciente", nos explica o professor Sigeo Kitatani Júnior, da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC). Segundo ele, o equipamento é útil para ser adotado diante de casos graves, em que o paciente perde a capacidade de respirar, por possuir uma insuficiência respiratória ou por estar em coma.

O professor explica que a iniciativa está dividida em duas frentes. A primeira delas busca desenvolver um equipamento a um custo menor do que o de mercado e que seja viável para ser fabricado rapidamente. ''Nossa intenção é complementar a quantidade de equipamentos que hoje estão funcionando nas redes hospitalares aqui em Goiânia", pontua Kitatani. O professor lembra ainda que o preço de um respirador mecânico hospitalar é de aproximadamente R$ 100.000,00 (cem mil reais), mas que atualmente está sendo vendido pelo dobro do preço. "Queremos fabricar um que custe menos de cinco vezes o valor de mercado", afirmou.

Já a outra frente desta iniciativa é a de manutenção e reutilização de ventiladores mecânicos que estão em desuso. Durante as suas avaliações, a equipe formada por engenheiros e médicos pneumologistas da UFG poderão avaliar equipamentos que não estão sendo utilizados ou estão estragados em instituições públicas e privadas.

''Estimamos que são mais de 60 equipamentos que estão em desuso e que podem ser concertados, para que a gente tenha uma disponibilidade imediata desses respiradores. São respiradores profissionais, feitos por empresas especialistas, e possuem alto custo", concluiu. De forma prática, o objetivo é reunir todos esses respiradores em desuso, identificar qual seria o problema do aparelho, trocar peças e os deixar aptos para serem utilizados durante a pandemia.












Protetores faciais contra o coronavírus são validados e começa a produção em série

Profissionais do Hospital das Clínicas avaliaram positivamente o equipamento desenvolvido pelo IPE Lab


Texto: Ana Paula Vieira

Fotos: IPE Lab

Os protótipos de protetores faciais desenvolvidos pelo IPE Lab para serem utilizados por profissionais de saúde que atuam no combate ao novo Coronavírus foram validados por representantes do Hospital das Clínicas (HC) após avaliação ocorrida nesta terça-feira (24/3). Engenheiros e técnicos de segurança do trabalho do HC estiveram no IPE Lab para conhecer o processo de produção e o equipamento, além de levarem algumas unidades para apreciação da equipe de saúde do Hospital. 

Segundo o coordenador do IPE Lab, Pedro Henrique Gonçalves, o retorno dos funcionários do HC sobre o protetor facial tem sido positivo e, a partir dessa validação, a produção em série já teve início no Laboratório. O pesquisador explica que o processo de fabricação de cada produto demora em torno de uma hora, então a equipe projeta uma média de 80 a 100 equipamentos produzidos por dia nas 10 impressoras 3D disponíveis no IPE Lab.

A criação do protetor facial partiu de modelos já existentes no mercado, disponíveis na internet, mas o professor ressalta que o produto final é original da UFG: “Nós remodelamos e fizemos uma modelagem original pelo Laboratório, para reduzir o tempo de produção e o consumo de material, porque o inicial demorava muito”. O trabalho no IPE Lab também contou com a participação do diretor do Parque Tecnológico Samambaia, Luizmar Adriano Júnior, e do estudante de física Daniel Silva Guimarães.


Profissional do HC utiliza equipamento de proteção individual desenvolvido pelo IPE Lab

Produção

O IPE Lab tem matéria prima para produzir cerca de 2 mil protetores, mas disponibilizará o modelo para ser replicado em outros ambientes que possuem impressora 3D. Aqueles que colaborarem na confecção poderão entregar o material na UFG para passar pelos devidos processos higiene. 

De acordo com Pedro, o IPE Lab está recebendo contatos para doação de insumos para a produção, mas ainda não foi possível receber esse tipo de colaboração, por questões de higiene e segurança: “Estamos melhorando nossa capacidade de produção para evitar ao máximo possíveis contaminações ou questões desse tipo, por isso ainda não recebemos doação, mas vamos disponibilizar um protocolo em breve para quem quiser ajudar”.

URL Relacionada: https://reitoriadigital.ufg.br/n/125525-protetores-faciais-contra-o-coronavirus-sao-validados-e-comeca-a-producao-em-serie

24/03/2020

Novo HC pode ser usado para tratar pessoas com Covid-19

Para levar adiante iniciativa da UFG de enfrentamento à pandemia são necessários recursos para equipamentos e a contratação de pessoal



Prédio do novo HC UFG (Fotos: Carlos Siqueira/Secom/UFG)

A Universidade Federal de Goiás (UFG) está disponibilizando ao Estado de Goiás, à Prefeitura de Goiânia e ao Ministério da Saúde o novo prédio do Hospital das Clínicas (HC-UFG), cujas obras físicas estão concluídas. O edifício, cuja inauguração estava prevista para o início do mês de abril, possui 20 andares, com a previsão para abrigar 600 leitos, sendo que desses, 120 são destinados a unidades de terapia intensiva (UTI). A proposta é de que toda a estrutura seja integralmente utilizada para tratar pessoas com o novo coronavírus. 

O reitor da UFG, Edward Madureira, observa que nos últimos meses a Universidade estava com um trabalho avançado de organização da mudança da atual sede para a nova unidade. "A partir da chegada da doença a Goiás e do reconhecimento da OMS [Organização Mundial de Saúde] de que de fato é uma pandemia e diante de toda a gravidade da situação, decidimos oferecer a unidade para ajudar no tratamento de pessoas com covid-19”, pontua. 

Edward comenta que se trata de uma decisão administrativa, tomada a partir da consulta a pessoas da Universidade, principalmente da área de saúde, e a receptividade foi positiva. O passo seguinte foi o envio de ofícios disponibilizando o HC-UFG ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, presidente da Diretoria-Executiva da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Oswaldo de Jesus Ferreira, ao prefeito de Goiânia, Íris Rezende, secretário Estadual de Saúde, Ismael Alexandrino Júnior, secretária Municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mure, e a coordenadora da Bancada Federal de Parlamentares do Estado de Goiás, deputada Flávia Morais (PDT).

De acordo com o ofício, é necessário um aporte de recursos da ordem de R$ 37 milhões para aquisição de equipamentos, dentre os quais, 78 leitos de UTI e 522 leitos de internação, considerando a possibilidade de se colocar dois leitos por apartamento. Para colocar esta estrutura em funcionamento seria necessário a contratação ou disponibilização de cerca de 1.000 enfermeiros, 1.300 técnicos em enfermagem e 60 médicos. Caso a opção seja pela contratação dos profissionais, esta poderá ser feita em caráter emergencial e temporário pela Fundação de Apoio aos Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) ou pela Ebserh.

Para acessar o ofício enviado ao governador de Goiás, clique aqui.


URL Relacionada: https://www.ufg.br/n/125425-novo-hc-pode-ser-usado-para-tratar-pessoas-com-covid-19


UFG desenvolve máscara de plástico contra o coronavírus

Produto deve ser submetido à validação da equipe de especialistas em saúde




Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram uma máscara de plástico para ser usada no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O produto foi feito com placas de PETG, um derivado do PET (polietileno tereftalato). A proposta é que o equipamento de proteção individual (EPI) seja utilizado por profissionais de saúde. 

Empenhados em contribuir para o combate ao covid-19 e cientes da escassez de EPIs e de outros equipamentos de uso hospitalar, os cientistas fizeram um projeto gráfico baseado no que já havia no mercado que foi impresso em uma impressora 3D e outras máquinas que compõem o Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo (IPE Lab) - espaço concebido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI/UFG) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae-GO).



A máscara deve ser submetida à validação de uma equipe de especialistas em saúde. Uma vez aprovada, começará a ser produzida para ser enviada a instituições como o Hospital das Clínicas (UFG). Além da máscara, que cobre o rosto todo, os pesquisadores também estudam a possibilidade de produzir outro tipo de máscara e peças para respiradores, dentre outras.

O grupo é composto pelo diretor do Parque Tecnológico Samambaia, Luizmar Adriano Júnior, o estudante de física, Daniel Silva Guimarães, e o professor de Arquitetura e Urbanismo da Regional Goiás, Pedro Henrique Gonçalves.



20/03/2020

Lames/IQ colabora para o combate ao novo Coronavírus


Equipe trabalhou de forma voluntária na produção de solução de etanol a 70%


Colaborando para a prevenção e o combate ao avanço do novo Coronavírus, o Laboratório de Métodos de Extração e Separação (Lames) do Instituto de Química da UFG realizou ontem, 19/3, a produção de solução de etanol a 70%. Os frascos foram encaminhados para o Hospital das Clínicas (Ebserh/UFG) e o Hospital Araújo Jorge, instituições que são parcerias de pesquisa do Lames/IQ.

O coordenador do laboratório, prof. Nelson Antoniosi, destacou que esta foi uma ação voluntária da equipe com o objetivo de contribuir da forma como podiam contra o avanço da Covid-19. "Em um momento em que parte da população já estava cumprindo a quarentena, nossa equipe estava trabalhando de forma espontânea para dar sua contribuição em prol da saúde da população. Isso mostra o quanto a universidade e demais instituições públicas são importantes para o país", afirmou o professor. O material será utilizado para a desinfecção do ambiente hospitalar.


Equipe do Lames


URL Relacionada: https://www.ufg.br/n/125336-lames-iq-colabora-para-o-combate-ao-novo-coronavirus



Campus Ceres vai produzir álcool em gel de graça para população




Parceria feita com usina de açúcar possibilitará fornecimento do produto gratuitamente a creches e abrigos de idosos

O Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) firmou um acordo de cooperação com a CRV Industrial, usina de açúcar, etanol e energia, para produção de álcool em gel. Pelo acordo, a indústria doará o etanol ao Campus Ceres, que irá finalizar a produção em seus laboratórios, por meio dos profissionais das áreas de Química e Ciências Biológicas. O produto será disponibilizado gratuitamente a creches e abrigos de idosos da região, podendo também ser repassado à população.

Para o diretor-geral do Campus Ceres, Cleiton Mateus, é uma forma de o IF Goiano utilizar sua expertise para auxiliar a sociedade neste período alarmante para a saúde pública. Em vários estabelecimentos, falta o abastecimento de álcool em gel, ou ocorre a cobrança excessiva pelo produto.

A reunião para definir a cooperação ocorreu na manhã de quarta-feira, 18, na própria CRV, em Carmo do Rio Verde (GO), com presença do diretor-geral do campus e dos gestores de Ensino da unidade, Adriano Braga e Renato Rodovalho. Da companhia, participaram os executivos Celso Rezende, assessor da diretoria, Marcus Costa, gerente de Produção de Etanol, Ronaldo Andrade, advogado, SBtânia Brito, assistente social, Valdeir Sena, engenheiro de Segurança do Trabalho, e Alberto Rodrigues, diretor. 

URL relacionada:

19/03/2020

Governo deve liberar até R$ 250 mil para cada pesquisa de diagnóstico do coronavírus desenvolvida em Goiás




Para garantir participação de profissionais goianos, o Estado associou-se à Chamada Emergencial da União Europeia relacionada ao Covid-19, que deve investir 45 milhões de euros em projetos pelo mundo


O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), se associou à Chamada Emergencial da União Europeia para o diagnóstico do coronavírus e lançou nesta quinta-feira (19/03) as orientações que definem os critérios para integração de pesquisadores goianos à chamada “Desenvolvimento de terapêutica e diagnóstico para combater infecções por coronavírus”.

Por meio de edital, pesquisas goianas poderão receber do Governo de Goiás até R$ 250 mil, cada, para o desenvolvimento de estudos que identifiquem novos agentes terapêuticos e sistemas de diagnóstico precoces, eficazes e confiáveis relacionados ao novo coronavírus (SAR-CoV-2). O objetivo da chamada não é o desenvolvimento de uma vacina, nem de soluções de aspectos epidemiológico.

Pelo lado europeu o orçamento será de até 45 milhões de euros, não havendo exigência de valor mínimo e ou máximo por projeto a ser submetido. Pelo lado brasileiro, o Governo de Goiás, por meio da Fapeg, financiará itens de custeio incluindo passagens, diárias, material de consumo para desenvolvimento do projeto e serviços de terceiros, até o limite dos R$ 250 mil por proposta.

Podem participar da chamada, pesquisadores doutores vinculados a instituições de ensino e pesquisa do Estado de Goiás associados a consórcios e/ou projetos coordenados por pesquisadores de instituições acadêmicas da União Europeia ou países associados do H2020.

Lançado em caráter emergencial, o edital determina o prazo para submissão de propostas até 31 de março 2020, as quais serão avaliadas pelo lado europeu e brasileiro até 15 de abril 2020. A chamada é aberta à participação de instituições/pesquisadores brasileiros com cofinanciamento.

Proposta
As diretrizes da Fapeg recomendam que as propostas apresentadas aumentem o conhecimento geral especificamente sobre o SARS-CoV-2 e a família coronavírus de modo a contribuir para a gestão eficiente dos pacientes e/ou preparo dos sistemas públicos de saúde visando melhorar a sua capacidade de resposta a surtos atuais e futuros de coronavírus.

Considerando que este é um vírus recém-identificado, a Fapeg recomenda que as propostas abordem, pelo menos, um dos seguintes itens:


  • Desenvolvimento de antivirais, bem como outros tipos de agentes terapêuticos para resposta rápida ao atual surto de covid-19;
  • Desenvolvimento de terapêuticas para resolver os surtos atuais e/ou futuros de coronavírus;
  • Desenvolvimento de diagnósticos, garantindo avaliação rápida de casos suspeitos com base nas tecnologias existentes;
  • Desenvolvimento de ferramentas rápidas e confiáveis que vão além do estado da arte na detecção de portadores de covid-19 e indivíduos sintomáticos suspeitos de infecção por Covid-1.

Outras informações:

(Chamada Pública)

(Webinar sobre Chamada Pública)

(Orientação para busca de parceiros)

(Perguntas e Respostas)

(Diretrizes Fapeg)



URL relacionada: http://www.fapeg.go.gov.br/governo-deve-liberar-ate-r-250-mil-para-cada-pesquisa-de-diagnostico-do-coronavirus-desenvolvida-em-goias/

16/03/2020

Prêmio CRQ-XII Dmitri Mendeleev








O Prêmio CRQ-XII Dmitri Mendeleev será concedido ao melhor aluno dos cursos da área da química de cada instituição de ensino no âmbito dos estados de Goiás, Tocantins e no Distrito Federal.

1) Para inscrição e indicação do melhor aluno entre os cursos da área da química, a Instituição de Ensino deve atender ao seguinte requisito:

– O Curso representado pelo aluno deve estar devidamente cadastrado no CRQ-XII.

2) O aluno indicado para receber o Prêmio CRQ-XII Dmitri Mendeleev deve atender a pelo menos um dos seguintes requisitos:

– Comprovar participação em seminários, congressos, reuniões ou qualquer outro evento organizado pelas entidades de representação da Profissão de Químico;

– Ter participado de atividades que favoreçam o desenvolvimento do curso, como iniciação científica, monitorias ou reuniões em entidades de representação;

– Ser reconhecido pela comunidade acadêmica, (alunos e professores) como atuante e participativo nas atividades do seu curso.

3) Premiação: certificado e uma medalha de honra ao mérito, valorizando o destaque, empenho e reconhecimento do aluno durante seu curso e no desenvolvimento da profissão.

Para mais informações acessem a portaria que dispõe sobre os critérios para a concessão do Prêmio Dmitri Mendeleev: Portaria nº 09/2019

O formulário para realizar a inscrição está disponível no site do Conselho Regional de Química - 12ª Região, conforme link a seguir: https://crq12.gov.br/premiocrq/

10/03/2020

CEI UFG realiza oficinas de empreendedorismo para mulheres


Evento será nos dias 24 e 26 de março e comemora os 15 anos do Centro de Empreendedorismo e Incubação 

O Centro de Empreendedorismo e Incubação da Universidade Federal de Goiás - CEI UFG - inicia as comemorações dos seus 15 anos com a programação Empreende Mulher. No dia 24 de março, será realizada a Oficina Propósito, para refletir sobre o que se busca alcançar, por meio do empreendedorismo, e com qual finalidade. No dia 26, quinta-feira, haverá a Oficina Criatividade sobre talentos para inovar, inventar e criar. As duas oficinas serão na unidade I do CEI, na Praça Universitária, das 14 às 18 horas

As vagas são gratuitas e limitadas. O link de inscrição está disponível no portal cei.ufg.br e as interessadas em informações podem entrar em contato pelos telefones: 3209 6034 e 35212047 ou pelo e-mail: cei.ufgo@gmail.com

Para a gerente do Centro de Empreendedorismo e Incubação, Emilia Rosângela Pires, celebrar a criação do CEI, no mês dedicado as mulheres, com atividades exclusivas para elas, reafirma a preocupação com o empreendedorismo feminino e com a mulher de forma geral.”Temos várias empresas geridas por mulheres, que recebem apoio do CEI, e outras que já se graduaram, mas começaram aqui, finaliza.

CEI

O Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG é um programa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação(PRPI), vinculada à Diretoria de Transferência e Inovação Tecnológia – DRTI, voltado para o desenvolvimento de competências empreendedoras entre a comunidade acadêmica e o público externo.

Entre as atividades desenvolvidas estão a pré-incubação e a incubação que oferecem suporte para que as empresas se desenvolvam de forma sustentável, até a graduação, estágio em que alcançam autonomia no mercado.

Outro eixo de atuação do CEI é estimular alunos a desenvolverem suas habilidades, por meio competições, cursos e outras atividades. Um exemplo é a Olimpíada de Empreendedorismo, que ocorre anualmente, envolvendo estudantes da UFG e de outras instituições de ensino superior; a iniciativa já revelou talentos reconhecidos regionalmente e até fora do Brasil.

O UFG Empreende é outra ação que busca estimular talentos para o empreendedorismo, no meio acadêmico e comunidade, seja para criar de um empresas, ou para alcançar um desempenho mais satisfatório na atividades diárias.


URL relacionada: https://jornal.ufg.br/n/124752-cei-ufg-realiza-oficinas-de-empreendedorismo-para-mulheres

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USP vai testar milhares de fármacos para tratar o novo coronavírus

Foto: Marcos Santos/USP Imagens Em parceria com farmacêuticas, Instituto de Ciências Biomédicas testa medicamentos já existentes,...